segunda-feira, 11 de julho de 2011

1. AMBIENTALISTAS CONTINUAM MORRENDO NO BRASIL 2. JORNAL ESPANHOL CRITICA MUDANÇA NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO 3. VOCÊ CONHECE A ORIGEM DO TERMO “PICARETAS”? 4. UM “BUSSUNDA” SÉRIO? 5. PMA PARTICIPA DA FESTA DE 50 ANOS DA FLORESTA DA TIJUCA



AMBIENTALISTAS CONTINUAM MORRENDO EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

  1. Em muitos casos a história de uma nação, assim como a história mundial, se divide em antes e depois de acontecimentos e/ou personalidades mega-importantes que transformam o comportamento sócio-cultural. É o famoso “antes e depois”. Tais acontecimentos e/ou personalidades mudam a forma pela qual o cidadão, a sociedade, as instituições e o Estado entendem, encaram e passam a lhe dar com culturas e situações importantes (ou que são, então, elevadas à condição de importante). A partir de então (quase sempre uma lição) o complexo social e o Estado (que muitas vezes é o último a enxergar e/ou a admitir a importância de) tomam posturas diferentes para gerarem resultados diferentes.
  1. Em nosso país, no que diz respeito à luta ambientalista, também há um “antes e depois”, que é a vida e morte do ícone Chico Mendes (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, 22 de dezembro de 1988).
  1. Embora a luta embrionária de Chico Mendes fosse a de manter o seu povo na sua terra (ele era líder dos seringueiros) já que eles dependiam da floresta para subsistirem, sua luta se transformou na luta de todos os ambientalistas e sua morte num marco da causa eco-ambiental em nosso país e no mundo, uma vez que seus inimigos mortais queriam a retirada dos seringueiros das terras onde pretendiam tocar seus agronegócios de forma ilícita e depredatória.
  1. Chico Mendes teve sua morte anunciada. O Brasil e o mundo sabiam que ele ia morrer, mas ninguém conseguiu ou quis mesmo impedir. Ele morreu sozinho, sem ter para quem pedir socorro. Os dois policiais que deveriam protegê-lo estavam jogando cartas quando ele foi alvejado.
  1. Isto seria, no mínimo, suspeito? Claro que não! Afinal, em nosso país, não existe uma praga chamada corrupção!
  1. Este “antes e depois” da luta ambiental em nosso país que é Chico Mendes, deveria ser a grande lição para que uma severa mudança de postura acontecesse por parte do cidadão, da sociedade, das instituições e do Estado, enquanto poder público.
  1. Mas infelizmente as mudanças foram limitadas. Isto por quê? Muito simples: uma mudança de postura para verdadeiramente acontecer precisa ser embasada por todos os setores da sociedade, e o primeiro setor é o que trata do individuo, do cidadão e sua própria consciência de cidadania. Este primeiro setor é o grande problema em nosso país, pois a imensa maioria da nossa população, que nem sempre cumpre bem os seus deveres e que mal conhece os seus direitos,  ainda está longe de se conscientizar sobre as causas das nossa mazelas sócio-culturais cotidianas, e inclusive e principalmente as ambientais.
  1. Enquanto a Educação for deficitária e o voto manipulado, vamos continuar reféns daqueles que utilizam o poder para prosperar, e que dentro do campo político, pensa apenas nos próprios interesses. Isto parece uma retórica clichê, mas ainda é a mais pura verdade. Sem educação não tomamos consciência plena e verdadeira do que é cidadania; sem esta consciência, exercemos mal a cidadania; votar é uma questão de cidadania; então continuaremos votando errado; o voto errado põe no poder políticos errados, que não fazem o que deveriam fazer.
  1. E mesmo quando aparece alguém que esteja no poder e que queira fazer a coisa certa, ele não encontra eco na postura cultural da população, que na falta daquela plena consciência, não o apoiará nas medidas que devem ser tomadas.
  1. E tudo isto em se tratando das localidades urbanas e mais esclarecidas do nosso país. Agora peque esta mentalidade e transfira para as pequeninas cidades do interior do nosso Brasil, que tem dimensões continentais, onde a Educação é tão precária que as as salas de aula são muitas vezes ao ar livre (não por serem um modelo das aulas do filósofo Sócrates, mas por falta mesmo de vergonha do poder público local) e onde os modernos coronéis continuam comandando o voto opressor. Então já viu no que vai dar, não é?
  1. Seria imprudente dizer que nada mudou em nosso país, depois de Chico Mendes, em relação à causa ambiental, embora tenha mudado muito mais pela pressão internacional do que pela própria consciência nacional. Ganhamos alguma consciência e muito espaço na mídia. Mas a fiscalização e a proteção (tanto à Natureza com para aqueles que a defendem) ainda são precárias. As leis estão avançando a passos de formiga manca. Isso quando não estacionam na burocracia conveniente.  Boa parte desta lentidão é herança de um nó sócio-rural chamado Reforma Agrária, que se já era um grave problema social do Brasil antes da consciência ambiental, agora então ficou ainda mais grave.
  1. Ainda hoje, como aconteceu com Chico Mendes, por mais que ambientalistas, extrativistas e gente que depende da terra e que estão ameaçados de morte, gritem nos microfones e para todas as câmeras, infelizmente todos ou quase todos vão morrer. Pouco se pode fazer quando eles permanecem no local onde moram e lutam, levando-se em conta que lá onde vivem, os poderes mais próximos do cidadão é o poder municipal e o poder policial, e que, geralmente tais poderes já se encontram comprados  e contaminados pela corrupção local.
  1. Foi assim com; Irmã Dorothy Stang (Anapu – Pará – 12 de fevereiro de 2005); Dionísio Julio Ribeiro (Tinguá, Nova Iguaçu – Rio de janeiro – 24 de fevefereiro de 2005); Francisco Anselmo de Barros, o Francelmo - Mato Grosso do Sul – 12 de novembro 2005); Paulo César Santos Sousa - Rio de Janeiro/RJ – 22 de maio de 2009); Antônio Conceição Reis – Bahia – 2009); Jorge Roberto Carvalho Grando – Piraquara – região metropolitana de Curitiba, 21 de abril de 2010); José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé – Limoeiro do Norte – Ceará, na região Jaguaribana – 25 de abril de 2010); o casal Maria do Espírito Santo e José Claudio Ribeiro – Praialta Piranheira – Nova Ipixuna – Pará  24 de Maio de 2011). E isto para citar apenas alguns casos.
  1. Reconhecemos o excelente e importante trabalho da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgando ambientalistas e extrativista ameaçados. Mas é preciso conscientização e ação do poder, em todas as instâncias, para pormos freio nesta matança.
  1. Quantas mortes anunciadas deveremos ainda ver para isto mudar?
  1. A verdade é que enquanto houver corrupção desenfreada no Brasil a causa ambiental vai continuar muito bem defendida no plano teórico e muito mal resolvida no plano da realidade.
  1. Claro que a primeira coisa que vem na mente de todos nós é: "o que o governo federal vai fazer sobre isso!".
  1. É preciso sim que as instâncias federais, tanto o Executivo quanto o Legislativo e o Judiciário, tomem medidas graves e mais determinadas contra este tipo de crime. Cabe a cada governo estadual criar a polícia ambiental, mas dar a ela um comando técnico (ambientalista) pois um comando apenas policial trabalhará sempre com uma visão mais limitada da causa.
  1. Entretanto há ainda um fato que não podemos esquecer que é o poder público de instância municipal. Este é muito mais importante, pois está muito mais próximo dos acontecimentos cotidianos dentro do seu território., tantos social quanto geográfico.
  1. Será que estes prefeitos e vereadores, bem mais próximos do cidadão e dos heróis ambientalistas que morrem, morreram e morrerão, não sabiam e nem sabem de nada? E se sabia e sabem, o que fizeram e vão fazer ou deixaram e deixarão de fazer, para que isto tenha acontecido ou venha a acontecer?
  1. Bem, tantas mortes pela causa da terra e do meio ambiente, deixa claro que no interior do nosso país a nossa política ainda é a dos coronéis, ou pelo menos ainda reflete uma grande e suja herança do Coronelismo. Os coronéis nunca gostaram muito de disputar eleições, mas não abriam mão de bancar prefeitos e vereadores, deputados e até governadores. É a velha e conhecida corrupção, que atua na cidade sem jamais se esquecer do campo.

O JORNAL ESPANHOL EL PAÍS TROUXE UMA REPORTAGEM SOBRE A MUDANÇA DO CÓDIGO FLORESTAL NA EDIÇÃO DO DIA 26 DE JUNHO DE 2011. O TÍTULO? “BRASIL OUTORGA A IMPUNIDADE AOS DESMATADORES DA AMAZÔNIA”.

1.      A matéria adota um ponto de vista crítico à aprovação e ressalta que a medida é mais uma “vitória do setor rural sobre o ambiental”. “Mais uma vez fica claro quem manda no Brasil quando os interesses dos latifundiários estão em jogo”, escreve o correspondente do jornal no Rio.

2.      “O todo poderoso setor agropecuário brasileiro mantém sob controle a Câmara dos Deputados através de uma densa rede de apoio nos partidos majoritários, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), do governo. Mais do que nunca ficou claro o poder de pressão que o campo brasileiro continua tendo nos despachos de Brasília”, afirma.

3.      Para o correspondente do jornal, “as imagens do Congresso após a polêmica votação eram inquietantes: dezenas de deputados se abraçando eufóricos e fazendo o sinal de vitória” (foto).

4.      “Na mesma manhã, o Brasil se despertava com a notícia do assassinato, a tiros, do líder ambientalista João Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, ambos os ativistas mortos pela preservação do Amazonas. Da Silva havia denunciado que sofria ameaças de morte por parte de madeireiros e pecuaristas do Pará, onde vivia. Os mesmos que provavelmente brindaram à aprovação do novo código.”

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VOCÊ CONHECE A ORIGEM DO TERMO "PICARETA"?

  1. Leon Trótski (Ianovka, 7 de novembro de 1879 — Coyoacán, 21 de agosto de 1940) foi um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival do ditador russo Stalin, que o traiu. Trotski foi exilado para o México.
  1. Em 24 de Maio de 1940 Trótski sobrevive a um ataque à sua casa por assassinos alegadamente a mando de Stalin. Não sobreviveu, no entanto, ao segundo ataque de Stalin: a 20 de Agosto de 1940, o agente Ramón Mercader consegue sob disfarce entrar pacificamente na sua sala para um encontro, e, aproveitando um momento de distração, aplica com uma picareta um golpe fatal no crânio de Trótski. Ao ouvir o ruído, os guarda-costas de Trótski precipitam-se para a sala e quase matam Mercader, mas Trótski detém-nos, exclamando "Não o matem! Esse homem tem uma história para contar!". Trótski faleceu no dia seguinte.
  1. E assim o termo "picareta" entrou para a História e caiu na boca do povo e da classe política, sendo usado para definir traidores e pilantras.
  1. Um "picareta" só encontra espaço entre aqueles que, como eles, são de mau-caráter. Na religião, traidores tem sempre perdão. No matrimônio, traidores de vez em quando têm perdão. Mais na política traidores nunca têm perdão. Aonde quer que vão, aonde quer que cheguem, ninguém fala, mas todos sabem. É como se todos lessem em suas em suas testas: "Traidores serão sempre traidores!".


UM "BUSSUNDA" SÉRIO?

  1. Claudio Besserman Viana foi um grande humorista, a ponto de revolucionar, e introduzir, um novo conceito de humor na televisão brasileira. Não fez isso sozinho. Tinha junto dele toda a turma do Casseta & Planeta, e ficou conhecido como Bussunda, tendo morrido em 2006.
  1. Assistindo a um telejornal esta semana pude ver uma ambientalista, com toda autoridade, traçando valiosíssimas orientações para a sociedade. Além dessas orientações me chamou muita atenção o seu nome: Sérgio Besserman Viana. E parei para olhar mais detidamente a nobre figura e vi que se parecia realmente com o Bussunda, sendo um pouco mais esbelto e com uma barba e óculos que faziam a diferença. Entretanto o seu rosto e a sua voz são idênticos e lembram, ao nível de saudade, o famoso comediante. Com todo respeito ao companheiro ambientalista Sérgio Besserman Viana, que realmente entende e muito ajuda a causa ambiental, vai aqui uma nota bem humorada: seria ele um “Bussunda” sério? Assista ao vídeo (mas presta bem atenção nas orientações ambientais):



PMA FAZ COLETA DE ASSINATURAS NA QUINTA DA BOA VISTA

O PMA esteve presente na festa de 50 anos da Floresta da Tijuca, na Quinta da Boa Vista, Rio de janeiro, colhendo assinaturas para alcançar a meta estadual, em prol do seu registro. Foi um domingo de trabalho e alegria, como mostram as fotos:


O Vice Regional Leandro Cardoso, junto com Antonio Citó e Rafael de Jesus, falam sobre o PMA


O Presidente do Diretório Municipal do Rio, Sergio Luiz, colhe assinaturas 


Todos ajudaram muito na coleta 

E vamos em frente 

Franco Gama (à esquerda) levou colaboradores 

Bom trabalho. Valeu companheiros. E o trabalho continua...

...alegre...


....de bem com a vida...

.... e feliz...

...como um dia de domingo!

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“SE ELES LÁ NÃO FAZEM NADA, FAREMOS TUDO DAQUI!”

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